
Para além disso, está na moda ser
independente politicamente para se poder criticar a “classe política” sem se
ter o “rabo preso” e poder entrar facilmente no campo da demagogia, «a culpa é
que tem lá tem estado» e nunca temos a culpa de nada. É cómodo e fácil ficar em
casa, não participar no debate político e muitas vezes nem se vai votar. Como
diz o povo, quem cala consente, e quem consente não tem direito a protestar.
Em Santarém, temos dois casos de
que realmente existe pouca independência nos nossos independentes. Ora vejamos,
a manifestação do 2 de Março, que supostamente foi convocada por estruturas
independentes, teve como Independente à frente da Manifestação o já candidato à
Câmara Municipal do Bloco de Esquerda, Bruno Góis. Se repararmos no resto do
país a situação é muito semelhante, tivemos várias manifestações do Bloco de
Esquerda encapuçadas de independentes para atrair a multidão, num partido de
esquerda que sem a estrutura sindical dificilmente conseguiria esta
mobilização.
Outro caso de pouca independência
é a candidatura de Francisco Mendes, até há pouco tempo militante do PSD,
esteve à frente do movimento independente a nível distrital da candidatura de
Fernando Nobre às eleições Presidenciais 2011.
Depois do suicídio político de Fernando Nobre, dada a sua teimosia em querer
alimentar o seu ego como presidente da Assembleia da República, restou uma
estrutura que aprendeu com os velhos partidos políticos no meio de mobilizar,
mas que está assente na demagogia de que nós somos independentes e não temos
nada a ver com isso. Foi assim mesmo que começou a campanha eleitoral de
Francisco Mendes, “depois de 32 anos de PS e de 8 anos de PSD não nos revemos
nesses partidos”. Contudo, não consegui perceber uma única ideia estruturante e
estratégica para o nosso Concelho, o que de facto não deixa de ser expectável
dado que durante 4 anos nunca participaram nas assembleias de freguesia ou de
Câmara e nunca lá apareceram para dar o seu contributo para o debate político
do nosso Concelho...
Esperemos que os próximos meses
sejam mais concretos e menos demagógicos. Há que ser concreto no debate
político, por de lado a demagogia e querer alimentar o próprio-Ego, para que
juntos consigamos ter uma cidade melhor.
Arménio Francisca Gomes
Secretariado da JS Santarém
Secretariado da JS Santarém
*Artigo originalmente publicado na Rede Regional
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