Opinião: Notas sobre a Universidade de Verão do PS

No passado fim-de-semana participei na Universidade de Verão do Partido Socialista com o intuito de aprender, consolidar e fundamentar algumas opiniões e perceber através dos temas debatidos quais as principais ideias que o Partido Socialista tem para o país para que se consiga superar esta época de crise que atravessamos.

Deixo-vos algumas das principais ideias debatidas nesta Universidade de Verão:

1. Portugal necessita de uma forte aposta no Serviço Nacional de Saúde para que as classes mais baixas da sociedade portuguesa possam ter cuidados de saúde de excelente qualidade. Nem todos os cidadãos portugueses têm a capacidade para se deslocarem a clinicas privadas e pagar valores altíssimos pelos tratamentos de Saúde necessários e a que todos temos direito a receber. Não pode haver exclusões no direito básico à saúde.

No âmbito da Educação só com uma forte aposta e um forte investimento na qualidade das escolas públicas e dos seus agentes poderemos ter um ensino público de qualidade. Só assim o país poderá formar excelentes profissionais nas mais variadíssimas áreas.

Como Portugal importa uma significativa percentagem das suas necessidades em produtos alimentares foi também realçada a importância no aumento da produção nacional. O contributo da agricultura é essencial para se conseguir ultrapassar a grave situação em que o país se encontra. Mas também no setor terciário esse contributo é fundamental como, por exemplo, na área da investigação onde foram conseguidas, através de excelentes medidas tomadas pelo último governo socialista, várias parcerias internacionais. O país assistiu também, durante a governação socialista a uma grande evolução nas energias renováveis. Uma forte e consistente independência energética permitirá ao estado português poupar milhões que poderão e deverão ser utilizados para financiar o Serviço Nacional de Saúde e a escola pública.

O nosso país necessita de criar riqueza, combater o desemprego gerando mais oportunidades para os portugueses, que dessa forma conseguem consolidar uma vida familiar estável aumentando a taxa de natalidade e  criando assim as condições ideais para uma segurança social mais sustentável, para que possa ajudar os mais carenciados da nossa sociedade e tenha condições de pagar reformas a todos os que deram uma vida em prol do país.

2. Devido à fraca afluência às urnas nos últimos anos debateu-se quais poderiam ser as medidas tomadas para levar os portugueses a participarem em mais acções de cariz cívico. Como medida a médio/longo prazo deveria ser incluído uma disciplina no ensino básico e/ou secundário que debatesse e ensinasse aos jovens portugueses a importância da participação cívica. Uma outra medida, mais rígida, seria seguir o exemplo de alguns países, como a Bélgica e o Brasil, em que o voto passaria a ser obrigatório. Estas medidas são importantes por constituírem um direito conquistado a muito custo e, quando se escolhe um governante para o país, todos os portugueses têm o direito, mas também o dever, de expressar a sdeua opinião, pois só com uma população activa civicamente conseguimos que o país cresça.

3. A classe política tem hoje, na opinião pública, uma imagem desacreditada. A democracia necessita que o povo tenha confiança nos seus políticos, nos homens e nas mulheres que gerem os destinos das suas regiões e do país. É fundamental que as pessoas voltem a ter uma imagem positiva e favorável dos políticos. Desde logo deve haver uma maior proximidade entre o eleito e o eleitor e os cidadãos deverão poder escolher o primeiro-ministro e o deputado do seu círculo eleitoral através de dois votos diferenciados. 

4. Considerando a relevância das exportações para o equilíbrio da balança comercial portuguesa, deixo-vos aqui a sugestão de algumas indústrias de excelente qualidade (produtos de excelente qualidade) em que Portugal deverá apostar para aumentar o nível das exportações: 

•    Calçado
•    Têxtil
•    Cortiça
•    Vinho
•    Leite

O investimento em produtos de qualidade aumentará a confiança na produção nacional, proporcionando um aumento das exportações. Por sua vez crescimento das exportações trará mais divisas para o país, criando riqueza e contribuindo para a criação de mais emprego. Esta dinâmica económica é fundamental para o desenvolvimento local e nacional, naturalmente. 

Nota final: quando nos filiamos num partido político é porque partilhamos ideais políticos e acreditamos que neste partido se encontra a solução para o crescimento social, cultural e económico do país. Após a Universidade reforcei a esta minha opinião de que jaz no Partido Socialista os melhores ideais e os melhores quadros para levar para fora da crise e rumo a um futuro brilhante.

Diogo Carmo

Membro do Secretariado Concelhio da JS Santarém
Membro da Comissão Federativa da JS Ribatejo